Um caso de extrema violência abalou a comunidade de Ponta Grossa na madrugada de terça-feira (19). Uma jovem de 19 […]

Jovem de 19 anos é presa por homicídio do próprio filho recém-nascido em Ponta Grossa
Um caso de extrema violência abalou a comunidade de Ponta Grossa na madrugada de terça-feira (19). Uma jovem de 19 anos foi presa em flagrante acusada de homicídio qualificado após matar o próprio filho recém-nascido. O bebê, que recebeu o nome de Gustavo Moreira após sua morte, foi encontrado sem vida dentro de uma sacola plástica, no quintal da casa da família.
De acordo com a Polícia Civil, a jovem procurou atendimento médico alegando sofrer de hemorroida, mas o exame clínico constatou sinais recentes de parto. Questionada, ela afirmou que o bebê havia nascido sem vida e sido enterrado no quintal. A versão, no entanto, foi desmentida após a Guarda Municipal localizar o corpo da criança em uma sacola de lixo nos fundos da residência.
O exame de necropsia apontou que o bebê nasceu vivo, com nove meses de gestação, pesando 3 kg e medindo 50 cm. Laudos preliminares indicaram múltiplas lesões provocadas por objeto perfurocontundente, além de traumatismo craniano — causa efetiva da morte. O corpo também apresentava sinais de sofrimento, como equimoses no pulmão, decorrentes de aspiração de sangue antes do óbito.
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Segundo o delegado Luís Gustavo Timossi, as lesões são compatíveis com uma tesoura apreendida no banheiro da residência, local onde o crime foi cometido. Confrontada com os resultados da necropsia, a jovem confessou ter atacado a criança logo após o nascimento.
Em depoimento, a mãe afirmou que a gravidez era indesejada, que havia tentado provocar aborto durante o período gestacional e que o pai da criança não a assumiria. Investigadores confirmaram que a jovem escondeu a gestação da família durante os nove meses, usando roupas largas para disfarçar a barriga.
Parentes próximos, profundamente abalados, declararam à polícia que teriam acolhido e cuidado da criança caso soubessem da gravidez.
A jovem foi autuada por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e contra menor de 14 anos) e por ocultação de cadáver. A Polícia Civil já representou pela prisão preventiva, e a suspeita permanece custodiada, aguardando audiência de custódia.
O caso segue sob investigação pela 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, no setor de homicídios.
Informações e imagem: Polícia Civil do Paraná