A Polícia Civil de Ponta Grossa, por meio do Setor de Homicídios, concluiu o inquérito e indiciou Nunes Silvério de […]

Vídeo: Delegado detalha homicídio de irmãos caminhoneiros em PG ; acusado é indiciado
A Polícia Civil de Ponta Grossa, por meio do Setor de Homicídios, concluiu o inquérito e indiciou Nunes Silvério de Melo pelo duplo homicídio qualificado dos irmãos Gilberto Vasconcelos e Josiel Vasconcelos, ocorrido na manhã da última sexta-feira (28/04).
Segundo o delegado Luís Gustavo de Souza Timossi, responsável pela investigação, o crime aconteceu por volta das 6h, no pátio de uma empresa, enquanto as vítimas realizavam manobras para descarregar mercadorias. Um caminhão estacionado no local obrigou os irmãos a bloquearem parcialmente a pista contrária, uma situação considerada comum na região.
Foi então que o investigado, Nunes Silvério, deliberadamente impediu a passagem dos caminhões. Após ser solicitado a recuar para liberar a via, Nunes se recusou e começou a proferir ofensas contra Gilberto. Quando Gilberto desceu do caminhão e se aproximou, Nunes desceu armado com um facão e uma faca. De maneira violenta, desferiu golpes contra Gilberto, atingindo seu abdômen e suas mãos.
Ao ver o irmão sendo atacado, Josiel correu para tentar socorrer Gilberto e imobilizar o agressor. Entretanto, também foi esfaqueado diversas vezes. Uma das facas chegou a ficar cravada em seu corpo. Mesmo gravemente ferido, Josiel ainda tentou caminhar, mas acabou caindo e morrendo a poucos metros do local.
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Após o crime, Nunes recolheu as armas e, tranquilamente, conversou com outros caminhoneiros, afirmando ter agido em “legítima defesa” e culpando a empresa pela confusão. No entanto, conforme destacou o delegado Timossi, a alegação de legítima defesa foi descartada pelas provas reunidas, que mostram que o conflito foi iniciado pelo próprio autor de forma deliberada.
Nunes Silvério foi indiciado por homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas — e poderá ser condenado a até 30 anos de prisão. A prisão preventiva do acusado já foi decretada e ele seguirá detido na Cadeia Pública de Ponta Grossa enquanto as investigações finais são concluídas.
A Polícia Civil também reforçou que as vítimas não possuíam qualquer antecedente criminal e eram conhecidos por seu comportamento tranquilo.
Informações: Polícia Civil do Paraná